Orixá Omolú, ou Obaluaê é o Orixá da Saúde e também das Doenças, ele cura e também da de direito o que cada um merece. É um lindo Orixá o qual vamos falar hoje.
No dia 16 de agosto, comemoramos o “Dia de Omolú/Obaluaiê“, o senhor das doenças, o responsável pela passagem dos espíritos do plano material para o espiritual.
A data é escolhida a partir do sincretismo religioso entre Omolú/Obaluaiê com São Roque, santo católico comemorado em 16 de agosto.
Vestido com palha da costa e com contas nas cores vermelha, preta e branca, Omolú dança o opanijé, dança ritual marcada pelo ritmo lento com pausas, enquanto segura em suas mãos o xaxará, instrumento ritual também feito de palha-da-costa e recoberto de búzios.
Em alguns momentos da dança, Omolú espanta os eguns, (espíritos dos mortos) e afasta as doenças, com movimentos rituais.
História do Orixá Omolú
Doente e com o corpo coberto de feridas, Omolú/Obaluaê retorna para aldeia onde nasceu e encontra todos os orixás em festa, mas, envergonhado de seu aspecto, não entra na festa e fica escondido observando os orixás.
Xangô recebia todos os orixás em uma grande festa em seu palácio, exceto Omulú-Obaluaiê, que não fora convidado devido a sua aparência que repugnava o vaidoso “Rei dos Trovões”.
Dessa forma; o pobre e desprezado Omulú podia apenas assistir a grande festa pelas frestas do terreiro do grande palácio de Xangô.
Ogum vendo aquela injustiça, dispôs-se logo a ajudar. Providenciou para Obaluaiê uma grande veste que cobria-o da cabeça aos pés, ofuscando assim as marcas da varíola que ele levava em seu corpo.
E Obaluaiê mesmo envergonhado, adentrou o palácio de Xangô, mas ninguém queria dançar com ele na festa.
Iansã, que observava tudo atentamente, compadece da situação em que se encontrava Omulú naquela festa e tenta ajudar.
Neste momento, Iansã aproxima-se de Omulú, bem no centro do “Xirê dos Orixás” que dançavam alegremente, e com seu belo vestido começa a rodar ao lado do Omulú, produzindo assim grande ventania que faz levantar a palha que cobria Omulú, revelando suas feridas por debaixo daquelas vestes.
Nesse momento mágico, as feridas de Omulú-Obaluaiê pularam para fora de seu corpo, transformadas encantadoramente numa chuva de pipocas que cobriu todo o palácio de Xangô de branco, revelando por detrás de todas aquelas feridas, o jovem e belo Obaluaiê.
Em recompensa a sua grande e mágica ajuda, Omulú-Obaluaiê deu a Iansã o poder de domínio sobre seu reino, fazendo Iansã tornar-se “Iansã Balé”, a senhora que tem o domínio sobre os mortos e; com seu eruxim afastar os eguns para o mundo dos espíritos, dominando-os.
ATOTÔ PAI OMOLÚ/OBALUAIÊ
Sincretismo Religioso Orixá Omolú
Omolú é comemorado em 16 de Agosto devido ao sincretismo com São Roque Omolú/Obaluaiê foi sincretizado com São Roque, que é um santo da Igreja Católica , protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões.
A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo protetor de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães.
Oração a Obaluaiê / Omolú
” Casinha branca, casinha branca que eu mandei fazer para oferecer a meu pai Omolu, meu pai Omolu, seu Atotô Obaluaiê. Oi salve Mamãe Oxum! Saluba Nana Buruquê! Salve Atotô Olabuaiê…”
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